Desapego
- Marcelo Victorino
- 24 de nov.
- 2 min de leitura
Atualizado: 24 de nov.
Nesta reflexão, o amigo espiritual valoriza o desapego e o carregarmos somente o agora, para não sentirmos o peso da vida passada e, por que não, da vida futura. Mais uma vez ele comenta sobre a gratidão pelo que está no agora.
É preciso deixar ir quem morre.
É aí que percebemos as ligações energéticas.
As pessoas estão ligadas energeticamente.
Essa ligação impede o livre fluxo das almas no universo, porque seres como nós lamentam a partida para uma nova fase.
Deixem-nos ir sem prazer, mas sem lamento.
Olhem para vocês e percebam que vocês também não se deixam sair das próprias fases, não conseguem se desapegar das fases de vocês — quem dirá se desapegar dos outros.
Esse zumbido interior que irrita é o que internaliza a raiva de vocês; esse zumbido é o que impede a paz, é o que impede de estar em si.
Desprendam-se: silenciosamente obterão a calma.
Assim como a pausa que fazemos nas palavras ao escrever é a pausa que damos a nós mesmos.
Percebam que os fins são os começos.
As fases que terminam — de vidas, de cursos, de lares.
Vejam como no dia a dia temos términos e inícios de novas fases.
A vida traz eternos agoras.
Vivemos em constantes agoras, só que ficamos presos aos minutos passados ou queremos antecipar os momentos futuros.
Dar um tempo, pegar leve é viver o agora.
Pegar leve é só pegar o agora — o agora é leve.
Se carregarmos o passado e quisermos levar o futuro, o fardo será maior.
E aí queremos segurar as fases, lamentar as fases dos outros, como se não bastasse o que já carregamos.
Soltemos tudo.
Não há cobranças.
Não precisa fazer nada tão pesado.
Não lamentem os amigos que ficaram no passado; cultivem os do presente.
Não lamentem as distâncias dos familiares do agora; valorizem as oportunidades de estarem a sós na paz.
Valorizem o que têm agora — e o que têm agora é tudo o que podem ter.
Valorizem o que sentem.
Valorizem a onda que passa em seus corpos.
Valorizem os sons que ouvem.
Valorizem a sujeira tanto quanto a limpeza.
Valorizem a percepção de tudo: o gosto, o tato.
Não comparem com o passado — o que têm é o que têm; tudo fica mais bonito.
Valorizem a rigidez do corpo.
Valorizem as nuances da saúde, os problemas psicológicos.
Valorizem o fato de conseguirem perceber tudo.
Valorizem a presença de estarem na contemplação de tudo.
Valorizem a oportunidade de estarem aí.
Valorizem a concessão desta janela no tempo, a oportunidade da cama quente, do chão frio, da roupa molhada, da fome, da coisa por fazer, da sensibilidade acima da média e desta chuva que cai para todos neste momento.
Fiquem com esta grande chuva de energia — não importa como a percebam, é a chuva das bênçãos constantes.
Obrigado.
Um amigo astral

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